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27 dezembro 2007



O instante é memória
Só se pensa quando passa
E envelhece na vidraça
Olhando o seu amor amar

Entradas que se abrem
Cores que se perdem no branco
Veias que penetram a pele
Em uma geografia perfeita do tempo

Não se procura a fruta mais bonita
A que está ao alcance já satisfaz
E a vida, com seu complexo labirinto
Deixa bilhetes em paredes que cismo em passar

As grafias aceleram os ventos da tempestade
Os retratos encharcam emoções em nossas janelas
A saudade entra como um mal-súbito
Socando o peito com batidas secas

E assim, criam rios na cara do presente
Que em um simples encontro com o passado
Perde a noção daquilo que já não se tem
Do que já não volta

De tudo aquilo que a vida já viveu.


(Ouça aqui, Oração ao Tempo, com Caetano Veloso)


2 comentários:

Palavras que o vento não leva disse...

É um prazer ver este pequeno esboço de emoção no meio de um Quintal Literário.

Obrigado primo.

Anônimo disse...

Nada que agradecer. É como eu te disse:

Ê-dam ârabi mish mái.