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13 setembro 2007


Buraco Paradoxal
(Bye, bye, Platão)

(Alexandre Campinas)


Velhas paredes, cheias de hera

num mundo de sombras

cheio de mar e tanta terra,

de gente enfiada no presente sem sal

cavado de dentro pra fora,

um buraco paradoxal.




Rasgo todo o véu,

abro com granada

o caminho pro meu céu.

Longe desse nada, longe do mal

onde tudo é muito mais

qe um buraco paradoxal.




Não quero ser mais um

colado na grande tv,

olhando projeções, coisa e tal:

ver sem perceber

que a coisa é mais embaixo,

é um buraco paradoxal.




Quero liberdade.

Por isso vou dormir,

voar para a verdade,

alma em sonho universal

pronta pra me parir

do buraco paradoxal.

11 setembro 2007


Barão de Cotegipe
(Kinho Vaz)

Um caminho pra seguir
Uma rua pra lembrar
Poeira nos olhos
Estrada de sonhos
Mundo inteiro conquistar

Jogo de bicho, jogo de bola
Vai pra escola ser alguém
Nesse mundo só dá certo
Quem estuda muito bem...

Chão, ladeiras,
Vilas vivas,
Vão ficando para trás
Azulão, Bico de lacre,
Feira livre e rolimãs

Cospe fogo, terra santa
Roda viva, comichão
Pé descalço, ratazana
Mãe chorando no porão

Velho Jorge,
Mãe Neninha
Brasa de defumador
Chama acesa no olhar
Marca viva de amor

Gente boa que se foi
Mas deixou no seu lugar
Prole rica de promessas
Um desejo de sonhar

Chão, ladeiras,
Vilas vivas,
Vão ficando para trás
Azulão, Bico de lacre,
Feira livre e rolimãs

Cospe fogo, terra santa
Roda viva, comichão
Pé descalço, ratazana
Mãe chorando no porão